sexta-feira, 24 de maio de 2013

Contorno


Nos seus contornos do percurso
Ziguezagueando no vagaroso curso
Te analiso como vida humana em ruído surdo
Sem rumo, sem destino, mergulhado no absurdo.


Pronto para desembocar
Despreparado para encontrar o mar
Fatigado coração que percorreu a nada saciar
Nas corredeiras aprendeu o que era vivenciar.


Mas que não se deu conta das águas
Nem tampouco do turbilhão de mágoas
Profunda tristeza que nunca se desagua
Lágrimas que só o tempo enxagua.


De longe não se conhece a correnteza nem o final
Mesmo assim vagueia para o destino tal
Como um rio, vai a paixão em um dilema letal
Para conhecer o verdadeiro amor precisando encarar o mal.