Nos seus contornos do percurso
Ziguezagueando no vagaroso curso
Te analiso como vida humana em ruído surdo
Sem rumo, sem destino, mergulhado no absurdo.
Pronto para desembocar
Despreparado para encontrar o mar
Fatigado coração que percorreu a nada saciar
Nas corredeiras aprendeu o que era vivenciar.
Mas que não se deu conta das águas
Nem tampouco do turbilhão de mágoas
Profunda tristeza que nunca se desagua
Lágrimas que só o tempo enxagua.
De longe não se conhece a correnteza nem o final
Mesmo assim vagueia para o destino tal
Como um rio, vai a paixão em um dilema letal
Para conhecer o verdadeiro amor precisando encarar o mal.
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