segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Nosso Tempo

O tempo se foi e eu cresci
O que eu pensava nem mais me lembro
O que eu fazia, hoje é monótono
O que eu quero não mais desejo.

Eu pensava em você todos os dias
Todos os dias tento lembrar no que antes pensava
Muitas vezes tu falavas comigo
Agora falo com outros mais não de ti.

Amar era estar sempre em pensamento
Apaixonar-se era num simples tocar
Estar junto era sempre mais querer
Despedir de ti era recontar os dias.

Você se foi e nem mais me lembro
Só penso no que vou fazer amanhã
Nada é simples tudo é complexo
Desejo sempre querer mais e mais.


(Escrevi essas frases eu caderno velho no ano de 2004)

domingo, 2 de janeiro de 2011

Teu Rosto De Neve

Teu rosto me marcou
Na força da tua beleza me transformei
Percebi que és formosa
Não tive medo de te revelar.
Desde a primeira vez me encantei
Me escondi para não mostrar ousadia
Você me achou e me disse doces palavras
A fervura do coração estava próxima.
Andei contigo e avistei lindas estradas
Não me cansava mas parava nas puras fontes
Me fizeste voar como um beija-flor
Teu pólen estava amadurecido
Para que me serviu o teu frescor?
Sim, para saciar minha mente
Como uma neve encheste os meus olhos
Tua vista é o meu paraíso.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Tudo Novo

Um novo ano se inicia e nossa vontade e nossa esperança cresce mais e mais sempre que há novos tempos e novos ares. Pedimos para nós mesmos que sejamos mais humildes e menos arrogantes, mas lutamos contra nosso próprio espírito, uma batalha sangrenta e interminável onde ranger de dentes, mortos e feridos. Nossa alma não suporta tamanha humildade dentro de nós, somos fruto de um mal que apenas tentamos minimizar. Uma fonte de águas turvas jorra de nós.
O homem nasceu com a semente da arrogância, da falta de amor, de dizer que não pode perdoar. Essa é uma guerra que travamos todo santo dia. Por que, meu Deus? Dizemos que somos bons, que temos amor no coração, que sabemos perdoar... porém o desejo de destruir, de sermos melhor está em nós e queremos mais e desejamos muito mais.
Interminável esplendor de desvanglória, distribuímos aquilo que não é de nosso desejo, passamos por provas que não deveria ser nossa, achamos que estamos no ápice de conquistar aquilo que está a frente de nossos olhos e nem ao menos, na verdade, estamos enxergando. A humanidade tem olhos, porém é único ser vivo que não enxerga, não consegue olhar para dentro, sem capacidade de um raio-x naturalmente psicológico, uma simples camada de pele é suficiente para bloquear sua visão. Oh! Descontrolável miolo que há dentro de uma caixa redonda de ossos! Engana, saboteia, mente. Quando perde seus poderes leva o seu guiado ao lugar desconhecido.
O nosso desejo pensamos que passou, que nos deixou mas numa hora que nem esperamos aquele velho desejo está de volta e entramos num círculo permissivamente vital, nossa semente nunca morre mas o combate a ela é infinita porque somos humanos e precisamos, precisamos de esperança, de desejos, de perdão... esses são nosso verdadeiros combustíveis.