As palavras que soam
Fazem rugidos nas paredes do meu miocárdio
Somem as letras das vozes
Quebrantam-se as sílabas tônicas da tua boca
Me faz voar sobre o teu verbo infinito
Sem particípio o meu passado se faz presente
Na onda de querer te ouvir vou até o quebra-mar
Me afogo em meio as areias da praia
Se me fazes sentir como era antes, eu não sei
Aqueles dias são inconjugáveis
Amar deixou de ser um verbo, pois é inflexível
Repentinamente surgem-me razões descritivas
Queria ter o conhecimento das emoções
Aquilo que tu queres pode ser o que desejo
O que não bastasse talvez seja o que receio
Sombras não podem iluminar nossa união
Meu esconderijo do medo perdeu-se no tempo
Se fosses um dia de sol em mim...
Eu não precisaria dos astros noturnos.
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