Não importa de onde vêm os poetas, na verdade os poetas já nascem poetas, não devem se considerar extraordinários ou vaidosos, apenas devem conservar a sutil compreensão de que, desprendidamente, preparam o barco para que outras pessoas naveguem, de sorte que facilitem o transcorrer das incansáveis jornadas mais aliviadas do peso das intempéries quotidianas, colaborando para que, por pior que seja a tortura, encontrem, acima de tudo, um momento para flutuarem nessa viagem necessária e extremamente benéfica para a liberdade da alma aprisionada, que aguarda sedenta o alçar vôo da imaginação prazerosa nos braços da ternura.
(Texto do poeta Dinis Carneiro)
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