Minhas palavras se perdem ao meio de um papel como se estivesse no vento
Sem a correta psicologia gramatical vou desenhando as letras fora das linhas
Virgulando as frases em retalhos apaixonados dos quais não sei descrever
As reticências deveriam ser o meu infinito mas na verdade são três pontos finais
Tinta que deveria colorir e descolorir teimam em continuar enclausuladas na esferografia
Um travessão para você me responder, porém tuas palavras batem na trave dos meus olhos
Quisera eu conhecer a caligrafia do romancismo para pôr em voz o que sinto por ti
Tantas páginas deixei em branco para tentar voltar no presente e te descrever melhor
O futuro amarelou o que estava embranquecido e me impossibilitei das escrituras
Tentei pintar as figuras, mas o sentimento era indescritível e complexo ao entendimento humano
Perfeição que não caberia dentro dos mais cobiçados quadros e gravuras
Agora tento completar sem prólogo e epílogo tudo aquilo que me destes
Vamos nos escrevendo numa página sem cor, mas que refletem ao sabor de qualquer luar.
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